segunda-feira, 27 de julho de 2009

As crianças aprendem o que vivenciam



Se as crianças vivem ouvindo críticas, aprendem a condenar.

Se convivem com hostilidade, aprendem a brigar.

Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser medrosas.

Se as crianças vivem com pena, aprendem a ter pena de si mesmas.

Se vivem sendo ridicularizadas, aprendem a ser tímidas.

Se convivem com a inveja, aprendem a invejar.

Se vivem com vergonha, aprendem a sentir culpa.

Se vivem sendo incentivadas, aprendem a ter confiança em si mesmas.

Se as crianças vivenciam a tolerância, aprendem a ser pacientes.

Se vivenciam os elogios, aprendem a apreciar.

Se vivenciam a aceitação, aprendem a amar.

Se vivenciam a aprovação, aprendem a gostar de si mesmas.

Se vivenciam o reconhecimento, aprendem que é bom ter um objetivo.

Se as crianças vivem partilhando, aprendem o que é generosidade.

Se convivem com a sinceridade, aprendem a veracidade.

Se convivem com a equidade, aprendem o que é justiça.

Se convivem com a bondade e a consideração, aprendem o que é respeito.

Se as crianças vivem com segurança, aprendem a ter confiança em si mesmas e naqueles que a cercam.

Se as crianças vivem com a afabilidade e a amizade, aprendem que o mundo é um bom lugar para se viver.

Dorothy Law Nolte

Fonte: Filhos: O que fazer com eles ? Sugestões para acertar sempre ! Susan Leibig e Luiz Felippe Matta Ramos.

Postado por Edni, às 22:15

Resgatando a Formação Ética e Moral na Família - Parte II

De autor desconhecido, o texto a seguir mostra pequenas atitudes que parecem não ter importância, mas que com o passar do tempo afetam e comprometem as relações humanas diárias.
" Esta tudo bem , filho, todo mundo faz isso. "
" Quando João tinha seis anos, estava numa loja com o pai e gostou muito de um brinquedo que já estava esgotado e havia apenas o da vitrine. O pai imediatamente mostrou ao vendedor da loja uma nota de vinte reais. " Está tudo bem , filho , todo mundo faz isso ".
" Quando o garoto tinha oito anos, permitiram-lhe assistir a uma reunião familiar, presidida pelo tio Jorge, sobre como sonegar o imposto de renda. " Está tudo bem, garoto, disse-lhe o tio, todo mundo faz isso. "
Aos nove anos, a mãe levou-o pela primeira vez ao teatro. O lanterninha não conseguia achar lugar para eles até a mãe descobrir uns trocados na bolsa. " Está tudo bem, filho, disse-lhe ela, todo mundo faz isso. "
Já com doze anos, teve quebrado os óculos a caminho da escola. A tia Francisca convenceu a companhia de seguros de que os óculos haviam sido roubados e extorquiu-lhes 100 reais. " Está tudo bem , garoto, disse-lhe a tia, todo mundo faz isso. "
Quando tinha quinze anos, tornou-se, zagueiro no time de futebol da escola. O técnico ensinou-lhe como interceptar a bola e, ao mesmo tempo, agarrar o adversário pela camisa, sem que o juiz percebesse. " Está tudo bem, rapaz, disse-lhe o técnico, todo mundo faz isso. "
O rapaz conseguiu seu primeiro emprego no supermercado da vizinhança aos dezesseis anos de idade. Seu trabalho consistia em colocar os tomates passados no fundo das caixas e os bons por cima, bem à vista. " Está tudo bem, disse-lhe o gerente, todo mundo faz isso.
Aos dezoito anos, João e um colega concorreram a uma bolsa de estudos para a faculdade. João era mau aluno, enquanto o colega estava entre os 3% dos melhores da classe. Todavia, não era zagueiro e foi João quem conquistou a bolsa. " Está tudo bem, disseram -lhe, todo mundo faz isso.
Com dezenove anos, João foi abordado por um veterano que lhe ofereceu as respostas das provas por 30 reais. " Está tudo bem, calouro, disse ele, todo mundo faz isso. " João foi apanhado colando e o expulsaram da faculdade. " Como pôde fazer isso com sua mãe e comigo?", desesperou-se o pai. " Você nunca aprendeu essas coisas aqui em casa. " Também seus tios ficaram chocados. Se há uma coisa que o mundo dos adultos não tolera é um moleque mentiroso.
O convívio familiar sadio é a base da felicidade pessoal, familiar e social.
Dificuldades existem nas famílias e serão superadas se houver paciência com compromisso e consequências assumidas.
Portanto, regras estabelecidas devem ser cumpridas pelos familiares e não ignoradas simplesmente, dando oportunidade à criança de ouvir desculpas como: na próxima vez..., por hoje passa, só hoje, hein?!... Essas " desculpas " levarão a criança a ter uma forte moeda de troca: " se ele pode, eu também posso ". Ao crescer e se tornar adulta, essa pessoa tenderá a fazer o mesmo, se utilizar das desculpas.
Será observando o comportamento dos adultos que a criança iniciará a construção de seu juízo moral ( o que é, como deve ser ), assim como aprenderá sobre escolhas, liberdade, responsabilidades e avaliação do que é ou deve ser o bem comum.
Postado por Edni, às 21:45

Resgatando a Formação Ética e Moral na Família - Parte I


Resgatando a Formação Ética e Moral na Família

Márcia Miluzzi Alquesar

Sandra Borelli Rodrigues de Barros

" Não faças ao outro o que não queres que te façam. " Este é um dos princípios fundamentais da ética.

É igualmente justificada a afirmação: " Tudo o que fazes aos outros fazes a ti mesmo ". ( Fromm, citado por Savater/1993 ).

Resgatar é ir buscar, reaver, libertar o que estava perdido ou se está por perder.

Atualmente vive-se numa sociedade que está perdendo o discernimento, o companheirismo, a tolerância, enfim, a essência da troca moral na busca da felicidade.

Mas seria tão simples assim?...

A complexidade se dá exatamente aí. As normas e regras se sustentam nos valores criados pelos sujeitos em suas relações entre si, com a natureza, num espaço de moralidade em que aprovamos ou reprovamos os comportamentos nomeando-os de corretos/incorretos; bons/maus; verdades/mentiras; sim/não.

Esses critérios iniciam-se no primeiro núcleo social: a família

Nesse núcleo, as crianças devem aprender a praticar valores.

À medida que a criança cresce e se desenvolve, os seus núcleos vão se ampliando ( parentes, escola, colegas, outros ambientes sociais), e ela passa a questionar os valores que norteiam seu comportamento neste ou naquele núcleo, buscando o equilíbrio, que, segundo Piaget, é feito por adaptação e por organização.

A adaptação tem duas formas básicas: a assimilação e a acomodação. Portanto, cada criança constrói e reconstrói continuamente os valores que a tornam apta ao equilíbrio.

Cada valor terá significado qualificado ou quantificado conforme o costumeiro uso do mesmo nos seus relacionamentos, instalando-se o dever .

A criança aprende quando os adultos que tratam com ela agem com disciplina pessoal, solidariedade, responsabilidade e companheirismo. Ao contrário, se os adultos mostrarem a desonestidade, o desperdício, a indisciplina, não respeitando a si e aos outros, a criança só terá referências negativas.

É preciso refletir, sempre, sobre verdades, atitudes, consciência, regras, limites... e outros valores necessários na construção do indivíduo, tendo como base o primeiro núcleo a que se pertence: a família.

Fonte: Filhos: O que fazer com eles? Sugestões para acertar sempre! Susan Leibig e Luiz Felippe Matta Ramos.

Postado por Edni, às 15:00